chão de terra batida arranha-céu sacos de lixo sobre a mesa e um besouro negro pousa no mármore
mar morto e água-viva aveia e centeio sobre o capim e cada semente carece de sentido ai de mim
terça-feira, julho 21, 2009
aniversário o futuro mais que perfeito não participo do passado mas aposto num presente
(por Lilian e Jaime)
sexta-feira, março 06, 2009
nada pinta
desce o sol
move a sombra
tarda a lua
cresce a planta
feito criança
o tempo muda
o vento grita
a palha dança
e deixa a vida
tudo tinta
são dois pra lá dois pra cá
ah...se o capitalismo soubesse dançar
quando dei por mim estava tudo como antes você na terra escavando estrelas e eu nas nuvens garimpando diamantes
Enquanto eu olhava as estrelas, fingia, porque sou ansiosa para ficar muito tempo olhando uma coisa só. Fingia também enquanto dormia, achava meio perda de tempo, sou ansiosa, contei atrás. De vez em quando ouvia prosopopéias, mas mal sabia o que era, quem eram e quando viveram e o que faziam as prosopopéias. Eu tenho cérebro de paisagem. Então, nesse instante, eu gostava de sonhar, de olhos abertos, enquanto o mundo vivia e enquanto o mundo dormia. No meu mundo não tem magia. Nem rádio. Nem mosquito. Tudo isso dispersa. E eu não tenho paciência. Mas tenho imensa vontade de ouvir o silêncio, o batuque do meu coração e a fumaça do meu cigarro na luz.
não mais me atura? então queime esta minha criação criatura
Catapora Caipora Poeira Capoeira
Fico eu: fora ou na beira?
sem pisar no chão as pegadas que deixo no ar ninguém pode apagar