quarta-feira, junho 11, 2014

Um velho poema reescrito:

azul de metileno, amarelo ocre, cream cracker
violência violácea essa chuva de fragmentos plásticos
intempérie dos novos tempos, amor
cetins de acetato, cloridrato de fluoxetina, nuvens sépias
ninféias de látex sobre um rio de mercúrio
cenário para a cura de nossas feridas, querida
cadafalso de faces, fissuras nos flandres, influxo menstrual
viscosidades vermelhas lambendo o crepúsculo
guizos e gonzos, sons dos nossos gozos em gotas finas, menina

jaime brasil filho

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